Governo lança campanha comunitária de prevenção contra paludismo

O governo iniciou hoje uma campanha de sensibilização comunitária sob o lema “acabar de vez com o paludismo”, para que decorrer até 20 do corrente mês em todos os bairros de Bissau.

Durante o acto, a Secretária de Estado de Gestão Hospitalar, Maria Inácia Có Mendes, destacou que é importante o uso de mosqueteiros em casa, para se prevenir das picadas dos mosquitos e também ajudar, de uma forma positiva, o Ministério de Saúde, a pôr o fim a esta doença.

“O governo guineense sozinho não consegue travar este flagelo.É necessário o apoio dos parceiros nesta luta.Vimos a Organização Mundial de Saúde (OMS) que apoiou bastante este projecto, para que de facto este evento tornasse hoje uma realidade ”, disse a Secretaria de Estado de Gestão Hospitalar.

Sem avançar números, Maria Inácia Mendes realçou, por outro lado,que os mosqueteiros distribuídos nos últimos anos pelo Ministério da Saúde Publica em todos os cantos do pais, contribuiu bastante para a redução dos casos de paludismo na Guiné-Bissau.

“A campanha iniciada hoje, também servirá para sensibilizar aquelas pessoas que alegam não conseguirem dormir debaixo de mosquiteiros porque sentem sufocados, e presos. Favor seguirem a orientação dos técnicos do ministério da Saúde”, destacou Maria Inácia Co.

Em representação dos populares do bairro de Quelele, Mussa Candé disse que a a campanha faz lembrar que se aproxima da época das chuvas, tempo em que se convive com muitos mosquitos, razão pela qual os mosqueteiros serão muito úteis para a protecção da saúde.

Mussa Cande aproveitou a ocasião para pedir apoio para o centro de saúde local em materiais indispensáveis para que os médicos ali afectos possam trabalhar em melhores condições.

Por seu turno e em representação da OMS na Guiné-Bissau Inácio Alvarenga revelou que mais de 2012 milhões de pessoas foram infectados pela doença, de acordo com os dados apresentados em 2015.

“Se vermos bem este número, chegaremos a conclusão de que é muito mais elevado que a população da Guine-Bissau. Os dados revelam ainda que dos 100 por cento de portadores desta doença 90 porcento são de África”, descreveu o representante.

Inácio Alvarenga acrescentou que é importante pensar em conjunto na forma ou maneira de pôr o fim ao Paludismo na Guine-Bissau para que todos os guineenses possam ter um boa saúde .
ANG/LLA/SG

Rapariga raptada nega ser libertada

Uma das 200 adolescentes nigerianas de Chibok, raptadas pelo grupo radical Boko Haram, recusou ser libertada numa troca de prisioneiros com o grupo ‘jihadista’ nigeriano, declarando estar “bem” e “casada”, anunciou segunda-feira a Presidência nigeriana.

A mesma fonte, citada pela agência France Press, começou por anunciar há semanas a existência de conversações com o grupo armado no sentido da libertação de 83 raparigas. Agora, apenas 82 foram libertadas.

De acordo com o porta-voz da Presidência nigeriana, uma das 276 estudantes de liceu raptadas em Chibok, nordeste do país, em 2014, “disse não”: “Estou bem onde estou. Estou casada”.
O Boko Haram mantém cativas ou sob o seu controlo 113 raparigas.
ANG/JA

Rádio Capital FM entrega queixa-crime contra Bamba Banjai

A Direcção da Rádio Capital FM entregou hoje uma queixa-crime ao Ministério Público contra Bamba Banjai, activista político que defende os ideais dos 15 deputados expulsos do PAIGC, por este ter ameaçado fechar a referida estação emissora, no passado dia 21 de Abril.

Em declarações à imprensa após a entrega da queixa-crime, o Director-geral da Capital FM, rádio privada, Lassana Cassamá disse que cabe agora o Ministério Público fazer o seu trabalho na base da lei e da justiça.

“Bamba Banjai deu um prazo de trinta dias à Rádio Capital FM para fechar o seu programa denominada Frequência Activa e ameaçou de que se isso não acontecesse aquele órgão de comunicação corre o risco de ser encerrado”, explicou o jornalista Lassana Cassamá.
Sublinhou que o procedimento de Bamba Banjai representa uma ameaça à liberdade de imprensa e a integridade física dos funcionários da Rádio Capital, tendo acrescentado que, por isso, optaram por meter a queixa-crime por uma questão de prevenção e de defesa da liberdade de imprensa.

“O programa frequência activa vai continuar porque não podemos recuar por causa de uma ameaça. Se não, a liberdade de imprensa jamais funcionará na Guiné-Bissau”, referiu o Director-geral da Rádio Capital.

Questionado se sentiu ameaçado com a referida situação, Lassana Cassamá respondeu que numa profissão nobre como o jornalismo sentir ameado significa renunciar à profissão e que, por isso, não vão poupar os seus esforços no que concerne a luta contra situações que possam prejudicar a liberdade de imprensa na Guiné-Bissau.

Frequência activa é um programa com temas aberto ao público em que se ouve muitas criticas sobre dirigentes e a situação de crise política que se vive no pais, e também propostas de soluções para a referida situação, entre outros.

ANG/AALS/SG

Membros do balcão “Guichê Único” investidos nas funções

O ministro do Comércio e Promoção Empresarial conferiu posse terça-feira aos membros da equipa do Guichê Único, balcão para pagamentos fiscais, aduaneiros e resolução de assuntos burocráticos relacionados com a comercialização da castanha de caju.

Victor Mandinga afirmou que em 2017 nenhum contentor ou saco de castanha a granel pode sair sem que o exportador pague todos os direitos, quer aduaneiros quer fiscais ou portuário.

“Para isso contamos muito com o bom trabalho, a competência, seriedade e o patriotismo desta equipa do Guichê Único porque a perda de receitas não é só o país informal que perde mas sim nós mesmo, com menos hospitais, electricidade, escolas, capacidade de pagar salários entre outros”, aconselhou.

O titular da pasta do Comércio sublinhou que sendo o caju principal fonte de receita de origem interna, merece, de facto, posicionamento patriótico, competente e determinado de todos quantos fazem parte da equipa de Guichê Único.

“Gostaria que vocês trabalhassem muitos num ambiente de entre ajuda entre as instituições”, desejou.

Reagindo às críticas segundo as quais a Guiné-Bissau deveria estar a vender a castanha ao preço praticado no Senegal: 1000 à 1500 fcfa por quilograma, Mandinga afirmou que o país não pode comercializar a castanha de caju a esse preço, “sob pena da economia nacional entrar em colapso”.

Sustentou que no Senegal não se paga nenhum imposto, nem para a comercialização do caju nem para a exportação, acrescentando que na Guiné-Bissau paga-se cerca de 1150 dólares em diversos impostos.

Alegou ainda que o custo portuário em Bissau é quase o dobro da Gâmbia e do Senegal, e que o frete do navio da Guiné-Bissau para o Vietnam ou índia é de cerca de 2200 dólares por contentor, o que significa 127 dólares por tonelada.

Disse que o frete do navio a partir do Senegal ou Gâmbia para os referidos destinos varia entre 1700 à 1800 dólares, o que significa cerca de 100 dólares por tonelada.

O ministro do Comércio e Promoção Empresarial revelou ainda que em 2015, cerca de 20 mil toneladas de castanha de caju, equivalente a 1200 contentores, saiu do Porto de Bissau de forma ilegal, sem pagamento de qualquer imposto ao Estado.

“Essa situação melhorou durante a campanha de caju de 2016 e espero que 2017 será de tolerância zero com a estrutura agora montada”, exortou o governante.

Em matéria de fiscalização, segundo o ministro, o Ministério do Comércio colocou, há cerca de duas semanas, 156 fiscais fixos, em todos os pontos principais de saída de caju para o Senegal.

Disse que com a chegada de apoio patriótico dos agentes da Guarda Nacional incluindo a Brigada de Acção Fiscal, conseguiu-se melhorar substancialmente o controlo do movimento do caju a partir da Guiné-Bissau em direcção ao Senegal.
ANG/ÂC/SG